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Alexandre Mattos comenta desafios no Galo


O diretor de futebol do Atlético, Alexandre Mattos, falou com a TV Galo nesta terça-feira (17), na sala de imprensa da Cidade do Galo, comentando os desafios que espera encontrar no clube. Na entrevista, o dirigente atleticano respondeu perguntas feitas por profissionais da imprensa.

Como o centro de treinamento está fechado para os jornalistas que realizam a cobertura diária do clube, em razão da pandemia do Coronavírus, os questionamentos dos repórteres foram enviados ao departamento de comunicação do clube e repassados ao novo diretor de futebol alvinegro.


Confira alguns pontos da entrevista:


Desafios para buscar vencer o Brasileirão - “O Campeonato Brasileiro é um campeonato que, de 2003 para cá, já nos ensinou muita coisa. Estão claras as necessidades para se conseguir fazer um bom Campeonato Brasileiro. Começa pelo nível de competitividade do elenco, não só qualidade como também quantidade, obviamente equilibradas. O Atlético tem uma comissão técnica forte, estrutura invejável, tamanho, peso. Com algumas outras situações que podem vir e com o elenco atual, que a gente possa conseguir fazer um belo campeonato, sabendo que, primeiro, a gente ainda tem o Campeonato Mineiro, não sabemos o que vai acontecer. Mas estamos focados em fazer o melhor no Mineiro, tentar, obviamente, alcançar o título, respeitando todos, e aí sim teremos tempo para planejar o difícil Campeonato Brasileiro”.


Diferencial do projeto apresentado pelo Atlético - "O Atlético é uma das grandes forças do cenário mundial e trabalhar aqui é um orgulho para qualquer profissional. Todo profissional, seja ele qual for, onde estiver, tem esse desejo de trabalhar em grandes equipes e o Atlético é, sem dúvida, uma das grandes equipes. Minha relação com o presidente também, o conheço há muito tempo, fora até do futebol, é um amigo que tenho, sem dúvida pesou bastante também. A paixão do torcedor, sempre que eu estava do lado oposto, em clubes, é impressionante o que a torcida do Atlético sempre fez. Tenho certeza que, agora, aliada, juntos, vamos dar as mãos e caminhar bastante. Acho que são projetos em momentos diferentes. Na minha chegada lá no Palmeiras, era uma situação bem específica de precisar fazer uma revolução, que foi feita em 2015, tinha um foco muito grande também no Brasileiro. O presidente também já me disse que tem esse desejo, esse sonho de conquistar o Campeonato Brasileiro. Acho que tudo tem seu tempo, com muita tranquilidade, a gente vai conseguir aí, junto com todos, principalmente nosso torcedor, fazer esse sonho, quem sabe, virar realidade".




O Alexandre Mattos de hoje - "Não só a minha pessoa como nenhum diretor-executivo quer badalação. A gente sabe que, no nosso futebol, o que vale é ganhar, então, quando você ganha, você é o melhor e, quando não ganha, não serve para nada. Infelizmente, essa é a cultura, que a gente tanto cobra, do imediatismo, de resultado, demissões, quebra de projetos, e que se repete. Então, no Palmeiras, tive a felicidade de ganhar dois Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil, e ser protagonista do Campeonato Brasileiro nos quatro últimos anos, com dois títulos, um vice e um terceiro lugar, e está ruim para as pessoas. Então, quando o Palmeiras era o melhor time antes da parada, com oito vitórias e um empate em nove rodadas, e melhor campanha da Libertadores, era o melhor. Aí, perdemos a Libertadores e, em um mês e meio, era o pior, apontaram o dedo. Então, são coisas que a gente precisa enfrentar no futebol, saber que a gente tem que trabalhar, sempre, sob a pressão de conquistar resultados e, sem dúvida, falando de mim mesmo, um profissional muito mais preparado, mais maduro. A gente aprende muito com os erros e tenho consciência de erros e acertos. Acredito que muito mais acertos, os próprios números estão aí, os títulos, o legado, que é importante. Não só os jogadores, mas as ideias de projeto. Isso é o mais importante e é isso que espero fazer aqui no Atlético, fazer um grande trabalho e, no dia que sair daqui, ainda deixar um legado que possa ter conquista de títulos e manter a equipe sempre protagonista".

Inspiração em Eduardo Maluf - "Na minha opinião, ele conseguiu ser o melhor diretor-executivo profissional do Atlético e do Cruzeiro, ele conseguiu essa façanha. Não terei a ousadia de dizer que quero me aproximar ou chegar perto porque não vou conseguir, por tudo que ele representou. E, se hoje sou um diretor-executivo de futebol, é porque, quando eu ainda não estava no futebol, eu via o Maluf e desejava fazer o que ele faia, me espelho muito nele".


Características - "O que vou fazer aqui é o que sempre fiz nas equipes onde trabalhei, que é trabalhar com muita determinação. Visto muito a camisa, me doo bastante, brigo, protejo, blindo. É assim que vou fazer aqui também, coloco muito coração nas minhas coisas, muita intensidade, e é assim que vou fazer aqui no Atlético para tentar, junto com todos que aqui estão, fazer uma equipe muito forte e vencedora".

Diferença entre o início no Galo e nos outros clubes de Minas - "Primeiro, é uma honra enorme, talvez, poucos profissionais trabalharam nas três grandes equipes de Belo Horizonte. São estágios diferentes. Na minha chegada ao América, foi uma chegada de oportunidade, o América vivia uma situação que era, talvez, a pior de sua história, com dificuldade financeira enorme e, na saída, saímos com o clube na primeira divisão. No Cruzeiro, também, uma dificuldade enorme financeira, dificuldade técnica também, e conseguimos fazer um legado importante. Agora, aqui no Atlético, a situação está bem melhor em questão de estrutura. Em questão financeira, nos dois últimos anos, o presidente Sérgio conseguiu equilibrar bastante as contas. É importante dizer que, aqui no Brasil, se rotula muito as pessoas, falam que o Alexandre gasta muito, não. É só pegar os clubes onde passei, como estavam quando cheguei, sem absolutamente recursos, sem times, sem estrutura, e como saí. Foi um trabalho enorme, não só meu, de muitas pessoas, para a equipe prosperar, principalmente financeiramente, todas elas, sem exceção. Acho que vamos fazer tudo aqui com muita calma, muita tranquilidade, sempre de acordo com as possibilidades do Atlético, nenhuma vírgula a mais. Sempre, nas possibilidades financeiras que o Atlético e o presidente permitirem".

Desafio - "É do tamanho do clube, enorme, gigante, uma responsabilidade que transformo, na minha cabeça, como uma honra, um orgulho. Não sou daqueles que gostam só de passar, gosto de marcar. Nas instituições, a gente precisa marcar, tocar no coração das pessoas e mostrar a elas que você passou aqui. É assim que vivo e é assim que pretendo fazer aqui".


Títulos - "Pretendo fazer um trabalho de excelência e, consequentemente, uma busca incansável por títulos e, principalmente, dar orgulho ao torcedor. A gente sabe que o título é só um que consegue, é sempre muito duro, muito difícil, mas o torcedor tem que ficar orgulhoso, olhar falar: amo esse clube e tenho orgulho do que está sendo feito lá".


Mensagem para a Massa - "O recado é que vou me doar ao máximo, 100%, todos os dias, para fazer com que eles sorriam bastante. Gosto muito de ver o meu torcedor feliz, orgulhoso. É assim que sempre trabalhei e aqui não vai ser diferente".





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