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COLUNA DO DULIM: BH do Bem


Foto PBH/Adão de Souza


Por Claudiney Dulim


Quem se atreve a dizer não?


Precisamos reconhecer: o problema do transporte coletivo nas grandes metrópoles é evidente.


O preço da passagem, em especial, é um debate que há tempos causa intensas discussões. E, por princípio da administração pública, o valor da passagem deve ser o menor possível. Ninguém se atreve a dizer que não.


Levantando dados das principais metrópoles brasileiras é possível compreender a complexidade do setor. A Prefeitura de São Paulo anunciou aplicar no sistema de ônibus da capital paulista cerca de R$ 7,4 bilhões em 2023. O Governo do

Distrito Federal subsidiou o transporte público de Brasília com R$ 701 milhões em 2020. No Rio de Janeiro, em seis meses de 2022, mais de R$ 300 milhões em subsídios da prefeitura foram transferidos para o setor da capital fluminense. Até o transporte público de Curitiba, um dos melhores e mais elogiados do país faz uso de subsídio.


BH não é indiferente a essa realidade.


Mas não existe almoço grátis. Infelizmente, sem a parceria com as gestões públicas fica inviável de se ter qualidade esperada no transporte público. É uma herança de anos da mentalidade individualista da valorização do transporte particular.


A prefeitura de Belo Horizonte acerta ao conceder o subsídio ao sistema, retornando o valor da passagem em R$ 4,50. O bolso do trabalhador e sua economia doméstica devem ter prioridade, assim como fluxo nos centros comerciais e o acesso dos estudantes às salas de aula. É assim que tem que ser.


Claudiney Dulim é advogado, professor de direito, vereador licenciado e secretário municipal de Assuntos Institucionais e Comunicação Social de Belo Horizonte.


Fotos 2 e 3 Agência Brasil


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