CONFIRA OS NÚMEROS COMPLETOS DO CARNAVAL DE BH

O período oficial do Carnaval de Belo Horizonte chegou ao fim no último domingo, dia 10, colecionando números positivos. A festa, que se espalhou pela cidade desde o dia 16 de fevereiro, levou a sério o tema “Carnaval de Belo Horizonte: é de todo mundo!” e conseguiu reunir foliões de todos os tipos, idades e gostos musicais. Para quem gosta de avenida, foram realizados oito desfiles de escolas de samba e 11 de blocos caricatos. Para os adeptos do Carnaval de rua, foram 410 blocos, que fizeram 447 cortejos. Nos oito palcos oficiais, espalhados por 5 regionais da cidade, se apresentaram mais de 60 atrações.
Tanta festa trouxe bons resultados para a cidade. Durante os 23 dias de período oficial, as ruas receberam cerca de 4,3 milhões de foliões. “Nós tivemos o maior Carnaval da história dessa cidade. E, ano que vem, provavelmente, bateremos um novo recorde, pois a gente vai aprendendo e tentando fazer a cidade dar o tom da festa. Quem define o perfil de uma cidade é a população. E cabe ao poder público apenas proteger, limpar e organizar, porque o próprio povo se encarrega do sucesso do Carnaval. Quero prometer para a população de Belo Horizonte que nós vamos estudar e tentar minimizar os problemas que tivemos no Carnaval, e que teremos, no ano que vem, uma festa maior ainda”, comentou o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.
“Estamos orgulhosos dos resultados do Carnaval de Belo Horizonte, que cresceu com qualidade, com avanços em infraestrutura, segurança e limpeza. Vale ressaltar que está bem mais descentralizado, com programação para todos os tipos de público, em todas as regionais da cidade”, afirmou Gilberto Castro, presidente da Belotur.
Tudo isso só foi possível graças ao trabalho integrado da Prefeitura de Belo Horizonte, que envolveu 40 órgãos, entre municipais, estaduais, federais e privados, que garantiram infraestrutura, segurança, mobilidade, limpeza e conforto para a folia.
O Carnaval de Belo Horizonte 2019 foi viabilizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, com patrocínio master da Skol, patrocínio da Uber e patrocínio institucional da Do Brasil Projetos e Eventos. O valor foi de R$ 4,5 milhões em verba direta, mais R$ 8.331,721,50 em planilhas de estruturas e serviços.
Pesquisa
Com o objetivo de traçar o perfil dos visitantes e moradores de Belo Horizonte que participaram do Carnaval em 2019, a Belotur realizou uma pesquisa sobre o perfil dos foliões que estiveram nas ruas durante a folia da capital. Foram levantados dados socioeconômicos, hábitos de consumo, avaliação da infraestrutura, bem como a satisfação em relação ao evento.
De acordo com a pesquisa, a maioria dos visitantes (79,6%) e dos moradores (80,2%) avaliou que o evento superou ou atendeu plenamente suas expectativas, manifestando alta satisfação com a experiência vivida no Carnaval da cidade. Entre os visitantes que declararam ter participado em edições anteriores, 68,4% afirmaram que o evento melhorou e mais de 88,4% têm a intenção de retornar em 2020.
Ainda segundo o estudo, Belo Horizonte contou com um número recorde de visitantes durante o Carnaval de 2019. Participaram da festa, durante todo o período oficial, 4,3 milhões de foliões. De 1º a 6 de março estima-se que o público foi de 4,1 milhões, sendo 80,1% moradores e 19,9% visitantes. A maioria dos visitantes veio do interior de Minas Gerais, seguido pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo e Distrito Federal. O número de turistas na cidade durante os dias de feriado foi 204 mil, o que representa um aumento de 18 % em relação a 2018.
Os visitantes participaram, em média, de 4 dias do Carnaval com um gasto médio diário, per capita, de R$ 179,58, totalizando um gasto médio de R$ 718,32 durante todo o evento. Já os moradores apresentaram um gasto médio durante todos os dias do evento de R$ 294,20.
A avaliação geral do evento, em uma escala de zero a dez pontos, atingiu o valor de 8,8 pontos na opinião do turista e 8,5 pelos moradores, avaliação superior à de 2018.
Os perfis socioeconômicos do morador e do visitante se assemelham. O turista, em sua maioria, é homem (51,2%), solteiro (84,3%), tem nível superior (45,9%), idade média de 29 anos e renda familiar mensal entre 3 a 5 salários mínimos (27,3%). A maior parte dos participantes que moram em Belo Horizonte é do sexo feminino (55,6%), solteira (70,4%), tem nível superior (47,0%), idade média de 33 anos e renda familiar mensal entre 3 a 5 salários mínimos (29,2%).
Outros itens avaliados
• Pelos moradores:
Os banheiros disponíveis são suficientes: nota 6,5 em 2019, em 2018 foi 5,3;
Sinto-me seguro no Carnaval de rua: nota 7,4 em 2019, em 2018 foi 7,1;
Os preços praticados são adequados: nota 6,8 em 2019, em 2018 foi 6,6.
• Pelos visitantes:
Os banheiros disponíveis são suficientes: nota 6,2 em 2019, em 2018 foi 5,3;
Sinto-me seguro no Carnaval de rua: nota 8,0 em 2019, em 2018 foi 7,7;
Os preços praticados são adequados: nota 7,1 em 2019, em 2018 foi 7,0.
Foram aplicados 1.133 questionários na pesquisa com o folião em 20 blocos de rua, no período de 1º a 6 de março. O estudo possui uma margem de erro de 4%. A pesquisa estará disponível em breve para consulta no site www.belohorizonte.mg.gov.br
* Fluxo utilizado de 2018, os dados de 2019 ainda não estão disponíveis.
Hotelaria
A taxa média da ocupação foi de 66,82%, segundo ABIHMG, um aumento de 9,2% em relação a 2018 e com pico de 86,8% de ocupação no dia 3 de março. Já comparando a diária média em 2019 (R$ 226,06) o aumento foi de 26,1% em relação ao ano anterior (R$179,27). A maioria dos turistas se hospedou em casas de amigos e parentes (69,5%), seguida de hotéis (18,6%) e casa alugada (4,2%). Em 2018 a ocupação de hotéis representou 16,2%.
Ambulantes
A Prefeitura de Belo Horizonte cadastrou 13.114 pessoas para trabalhar como ambulantes no Carnaval 2019, um número 36% maior que o do ano passado, quando 9.618 foram cadastrados. Em relação ao gênero, homens representaram 52,9% dos cadastrados, enquanto as mulheres foram 45,9% do total de 2019. A faixa etária com maior representatividade entre os ambulantes foi de 30 a 59 anos, com 64,3%, seguida do intervalo de 18 a 29 anos, com 29,4%. Os trabalhadores com mais de 60 anos compõem apenas 6,3% dos cadastros.
Quanto à escolaridade, a grande maioria dos cadastrados – cerca de 5.500 – possui o ensino médio completo, enquanto quase 3.000 não completaram o ensino fundamental. Aqueles que frequentaram o ensino superior representaram menos de 2.000 dos ambulantes que trabalharam no Carnaval 2019.
A maior parte dos trabalhadores ambulantes (59,5%) no Carnaval apresentou outra ocupação, sugerindo assim a oportunidade de incremento de renda neste período. A média de expectativa de investimentos foi de R$ 1.976,00; sendo o valor máximo de R$20.000,00; e o valor mínimo de R$50,00.
Fonte: Sondagem realizada com 348 ambulantes na entrega das credenciais.
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