Extinção de cobrador em xeque
![](https://static.wixstatic.com/media/334a07_7d7b11dab81349539d5ed2e6e55757a3~mv2.jpg/v1/fill/w_800,h_533,al_c,q_85,enc_auto/334a07_7d7b11dab81349539d5ed2e6e55757a3~mv2.jpg)
As multas por falta de cobrador podem ser mais baratas e, portanto, mais vantajosas para as empresas de ônibus do que a contratação desses trabalhadores. Essa foi a conclusão trazida à Câmara Municipal pelo Movimento Tarifa Zero durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário, realizada no dia 25 de abril.
De acordo com a BHTrans, mais de 11 mil autuações foram aplicadas contra as empresas concessionárias do transporte coletivo em razão da ausência de cobradores nos ônibus durante 16 meses, compreendendo o ano de 2018 e os quatro primeiros meses de 2019. As multas geradas no período somariam cerca de R$ 7,5 milhões, valor que, até o momento da audiência, não havia sido pago pelas empresas. Com despesa anual estimada em R$ 89 milhões para contratação dos cobradores, as empresas estariam optando pelas multas e descumprindo a lei propositalmente, conforme denúncia do Movimento Tarifa Zero.
Durante a audiência, foi sugerida uma ação popular conjunta para cassar as concessões e revogar os contratos das empresas. Foi também reforçada a urgência da instalação de uma CPI do transporte coletivo, defendendo ser este o instrumento legal de controle que o Legislativo tem para enfrentar o poder econômico e político dessas empresas. Foi defendida maior rigidez na penalização das concessionárias de ônibus.
Kommentarer