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Governo de Minas e setor hoteleiro discutem impactos da PL 3.788/25, de autoria da deputada Carol Caram (Avante)

  • Foto do escritor: Fluxo BH
    Fluxo BH
  • 9 de set.
  • 2 min de leitura

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Por: Mauro But

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Comunicação Social e da Secretaria de Cultura e Turismo, promoveu uma reunião com representantes da cadeia hoteleira para debater os impactos do Projeto de Lei 3.788/25, de autoria da deputada estadual Carol Caram (Avante). A proposta, já aprovada em duas comissões da Assembleia Legislativa, tem gerado forte reação do setor. O encontro foi realizado no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, e contou com a presença de empresários, dirigentes de entidades, representantes do trade turístico e sindicatos ligados à hotelaria.


A reunião foi conduzida por Bárbara Botega, secretária adjunta de Comunicação do Estado. Também participaram a secretária adjunta de Cultura e Turismo, Josiane de Souza, e outros representantes do Governo. O secretário de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, por motivos médicos, não pôde comparecer, mas acompanha de perto o debate. Bárbara destacou que o governador Romeu Zema está ciente da pauta e acompanha os desdobramentos.


Durante as falas, lideranças do setor expressaram grande preocupação com a proposta. O presidente da AMIHLA, Alexandre, classificou a PL como um “grave equívoco”, ressaltando que a medida contraria práticas consolidadas da hotelaria mundial e pode trazer sérias consequências, como desemprego em massa e enfraquecimento do turismo em Minas.


A presidente da ABIH-MG, Flávia Badaró, reforçou que a rotina de check-in e check-out dos hotéis segue um padrão internacional, que garante o tempo necessário para a limpeza e preparação dos quartos. “A mudança não trará benefícios ao turista e ainda acarretará custos mais altos e demissões. Essa proposta precisa ser arquivada”, afirmou.


Na mesma linha, o vice-presidente da ABIH-MG, Rodrigo Cançado, alertou que a PL ameaça frear o crescimento da hotelaria mineira. “Somos um dos setores que mais gera empregos e previsibilidade econômica. Essa lei não condiz com a realidade do mercado e coloca em risco todo o avanço conquistado.”


Representantes da Serra do Cipó também manifestaram preocupação, destacando que a região, que recebe principalmente turistas de fim de semana, seria bem prejudicadas pela nova regra.


A secretária adjunta de Cultura e Turismo, Josiane de Souza, ressaltou a importância de montar uma comissão para dialogar diretamente com a deputada Carol Caram e, ao mesmo tempo, fortalecer a articulação junto aos 77 deputados estaduais pelo arquivamento da proposta. “Esse é um esforço coletivo para proteger a hotelaria e garantir o desenvolvimento sustentável do turismo mineiro”, destacou.


Como encaminhamento, os hoteleiros também decidiram elaborar uma minuta conjunta contra a PL 3.788/25, a ser assinada por todas as entidades do setor. O objetivo é unificar a posição e mostrar o impacto real da proposta.


O sindicato das camareiras, associações locais, além da ABIH-MG e AMIHLA, também participaram do encontro e manifestaram apoio ao arquivamento da PL.


“O risco é claro: aprovação dessa lei significa aumento nas tarifas e desemprego em larga escala”, resumiu um dos representantes.


O Governo de Minas reafirmou estar sensibilizado com o tema e prometeu ouvir todos os lados antes de definir sua posição oficial, mas reforçou a relevância do diálogo e da articulação política para evitar prejuízos ao turismo e à economia mineira.

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