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História de Salomé, torcedora-símbolo do Cruzeiro, vai virar filme pelas lentes do Coletivo 1921

  • Foto do escritor: Fluxo BH
    Fluxo BH
  • há 15 horas
  • 3 min de leitura

Produção do grupo mineiro irá reconstruir a trajetória de Salomé a partir de depoimentos, arquivos pessoais, imagens históricas e registros inéditos


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Seis letras formam um nome que se tornou sinônimo de paixão: Salomé. Maria Salomé da Silva – ou Dona Salomé, como também era carinhosamente chamada – foi mais que uma torcedora do Cruzeiro: ela personifica o amor e a devoção de milhões de torcedores por uma camisa estrelada. Agora, a história dessa mulher guerreira vai ganhar as telas no filme “Salomé – A maior torcedora do mundo” (veja o teaser aqui), produzido pelo Coletivo 1921, grupo mineiro que há anos transforma as emoções da torcida celeste em cinema.


Após um hiato forçado pela pandemia e pela necessidade de todos os integrantes se dedicarem ao trabalho de cada um, o coletivo retoma suas produções com o mesmo propósito: valorizar o maior patrimônio do Cruzeiro – a sua torcida. O projeto do filme sobre a vida de Salomé, que faleceu em 10 de dezembro de 2019, dois dias após o rebaixamento do clube, aos 86 anos, existe desde 2019, como conta o diretor Gustavo Nolasco.


“Nós estávamos com tudo programado para iniciar as gravações logo após o lançamento de outro filme nosso, o ‘Azul Escuro’, mas como todo cruzeirense sabe, aquele ano foi o mais triste de nossas vidas e acabamos adiando. Até que veio a pior notícias: a morte da Salomé”, comenta. Além de Nolasco, o Coletivo 1921 é formado pelo também diretor Leo Souza, pelo jornalista Bruno Mateus e pelo produtor e advogado Gustavo Bueno. 


“Maria Salomé, sem sombra de dúvidas, foi – e sempre será – a maior torcedora do mundo. E para nossa sorte, ela escolheu ser Cruzeiro. Ela é a personificação do torcedor e da torcedora cruzeirense: é o povo, a mulher guerreira e batalhadora, o torcedor do interior, a trabalhadora e o trabalhador que saíram do interior e vieram para Belo Horizonte em busca de trabalho e que escolheu o Cruzeiro para ser sua paixão. Como ela mesmo dizia para a gente: o mundo dela era azul e branco”, sublinha Nolasco. 


O filme


A proposta do filme é reconstruir a trajetória da torcedora a partir de depoimentos, arquivos pessoais, imagens históricas e registros inéditos. O processo de produção será dividido em várias etapas – pesquisa, roteiro, captação de recursos, gravações, montagem e lançamento –  e deve se estender por cerca de um ano.


Neste momento, o Coletivo 1921 está concentrado no planejamento financeiro do projeto e no diálogo com possíveis patrocinadores e parceiros. A ideia é envolver a torcida cruzeirense na construção do filme, por meio de campanhas de financiamento coletivo e ações de engajamento. “Queremos que esse projeto seja feito com a torcida e para a torcida. Salomé sempre representou o amor coletivo e a força popular que movem o Cruzeiro. Nosso desejo é que cada torcedor possa se reconhecer nessa história”, completa Nolasco.


Sobre o Coletivo 1921


O Coletivo 1921 surgiu em 2017 com a missão de contar as histórias da torcida do Cruzeiro com olhar sensível e autoral. A estreia aconteceu com o lançamento do filme “Eterno – Um capítulo incontestado”, que conta a história do insuperável recorde de público do Mineirão, registrado naquele Cruzeiro 1 x 0 Villa Nova, pela final do Campeonato Mineiro de 1997. 


Em 2019, o curta-metragem foi um dos premiados do Sport Movies International Fest Festival (FICTS), em Milão, na Itália. O FICTS é considerado a “Copa do Mundo” do cinema de esportes exatamente por reunir filmes exibidos em outros 16 festivais espalhados por cinco continentes.


Naquele mesmo ano, com o filme “Azul Escuro”, o Coletivo 1921 foi o grande vencedor do Cinefoot, maior festival de cinema de futebol da América Latina. A obra conta a história de Seu Lúcio, um cruzeirense cego que vive na Amazônia. Os filmes do Coletivo 1921 podem ser assistidos nocanal do YouTubee as novidades do grupo também estão no Instagram.

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