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Minas celebra 1 ano do título da Unesco e consolida cultura e turismo como motores da economia

  • Foto do escritor: Fluxo BH
    Fluxo BH
  • há 5 horas
  • 3 min de leitura
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Por: Mauro But


Em uma data simbólica para o Estado, Minas Gerais celebrou o primeiro aniversário do reconhecimento do queijo artesanal mineiro como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. A comemoração ganhou ainda mais força com o recente Prêmio Nacional de Destaque, concedido pelo Ministério do Turismo ao Observatório do Turismo de Minas Gerais, pelo trabalho em gestão de dados e inteligência estratégica para o setor.

Em entrevista ao programa Minas Turismo Gerais, comandado pelo jornalista Sérgio Moreira, no YouTube, a secretária de Estado de Cultura e Turismo, Bárbara Botega, destacou que o prêmio chancela uma política pública construída com base em números e planejamento. Segundo ela, o Observatório do Turismo tem sido fundamental para orientar decisões e explicar o crescimento exponencial do setor no Estado, refletido também nos indicadores de emprego.


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Um dos eixos centrais da gestão é a descentralização. Bárbara lembrou que, no passado, cerca de 90% a 95% dos recursos da cultura ficavam concentrados na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Hoje, mais de 60% dos investimentos chegam ao interior, onde vivem aproximadamente 70% dos mineiros. Por meio das IGRs, conselhos de cultura e turismo e capacitações constantes, municípios aprendem a acessar leis de incentivo e editais, fortalecendo festas tradicionais, eventos locais e a economia criativa em todas as regiões.

A secretária ressaltou que cultura e turismo são, na prática, caminhos concretos para a diversificação econômica, reduzindo a dependência da mineração. “Serviço precisa de gente”, enfatizou, ao lembrar o potencial de geração de emprego, renda e dignidade em atividades ligadas a patrimônios históricos, gastronomia, hotelaria e eventos. Prova disso é o salto na procura por Belo Horizonte no Booking, com aumento de 837% em outubro, e o fato de Minas ter ocupado o terceiro lugar no Brasil em número de turistas internacionais no carnaval, superando destinos tradicionais como Salvador e Recife.


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Entre os projetos estruturantes, ganha destaque o “Paragens de Minas”, que propõe transformar casarões, conventos, mosteiros e outros edifícios históricos em equipamentos voltados ao turismo de experiência, nos moldes do que já ocorre em países como Espanha e Portugal. O programa articula linhas de crédito do BDMG, edital da Cemig para restauro de patrimônio tombado e ações da Invest Minas, estimulando investidores locais e nacionais a darem nova vida a imóveis históricos, a exemplo do hotel Vila Galé, em Ouro Preto.

Circuito Liberdade e a Fundação Clóvis Salgado também foram lembrados como símbolos dessa potência cultural. Com quase 60 equipamentos e programação intensa, o circuito se consolidou como um dos maiores da América Latina. O Palácio das Artes, que completa 55 anos, e o próprio Palácio da Liberdade, restaurado e reaberto à visitação, tornaram-se palcos de grandes exposições, como a mostra com 600 bonecos do Giramundo, festivais gastronômicos, enoturismo e eventos como o Natal da Mineiridade e o tradicional Baile dos Artistas.


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Bárbara reforçou ainda o foco em internacionalização: Minas vem ampliando ações com companhias aéreas e operadoras no exterior, com roadshows e capacitações em cidades como Lisboa, Paris, Roma e Madri, além de um trabalho forte junto ao mercado chileno, hoje um dos principais emissores de turistas para o Estado.

Encerrando a entrevista, a secretária desejou boas festas aos mineiros e resumiu o espírito da gestão: 2026 deve ser o ano de colher o que vem sendo plantado, sem nunca deixar de semear “o bom e o melhor” para que Minas Gerais siga se afirmando como potência em cultura, turismo e qualidade de vida.








Fotos: By Mauro But

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