SALVADOR: MUITO ALÉM DA GASTRONOMIA
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Por: Mauro But
Bar do Joca: gastronomia baiana com vista de tirar o fôlego
No coração do charmoso bairro Santo Antônio Além do Carmo, os jornalistas convidados pela Salvador Destination viveram uma experiência que uniu sabores, cultura e paisagens inesquecíveis. O cenário foi o Bar do Joca, um espaço aconchegante, de alma leve e com uma vista de arrepiar para a Baía de Todos-os-Santos.
À frente da casa está o Chef Jota, criador e anfitrião, que transformou seu sonho em realidade. Apaixonado pela cozinha baiana e nordestina, ele apresenta um cardápio que mescla tradição e ousadia, sempre com ingredientes regionais trabalhados em técnicas contemporâneas.
“O Joca é para viver Salvador com sabor: é moqueca, bobó, picanha na chapa, mas também ravioli de arraia com bisque de moqueca e lambreta crocante. É a ancestralidade baiana reinterpretada com criatividade”, explica o chef.
Seja para brindar o pôr do sol com os amigos, seja para um jantar romântico a dois, o Bar do Joca entrega mais que pratos: oferece uma verdadeira experiência cultural.
Nós jornalistas mergulhamos em momentos únicos que tornaram a experiência ainda mais marcante:

1 Banho escaldante dos pés com a -- Casa DuMato – Conduzido por Alana Sales e sua mãe Jací, ambas Orixás, o ritual trouxe cuidado, espiritualidade e ancestralidade. Antes, o grupo passou pela tradicional Feira de São Joaquim para escolher as ervas, cada uma com um simbolismo: fortuna, amor, paz, saúde. O banho foi descrito como uma vivência transformadora, de relaxamento profundo e paz indescritível.

2 O sabor da Bahia com as sementes de cacau – Abrir o fruto com técnicas tradicionais e provar as sementes frescas foi uma descoberta surpreendente. Rica em vitaminas e ancestralidade, a fruta revelou ao grupo sua essência: o cacau que dá origem a um dos maiores tesouros do mundo, o chocolate.
3 Mãos na massa com o preparo do Abará – Os convidados tiveram a oportunidade de preparar um dos pratos mais tradicionais da culinária baiana. Além da diversão e aprendizado, cada um degustou sua própria criação, com direito a comentários bem-humorados: “O meu ficou demais!”.

4 Degustação de cafés com o barista Fernando Santos – Para encerrar, uma aula sobre aromas, notas e nuances sensoriais do café artesanal. O resultado foi uma bebida marcante e saborosa, que fechou a experiência de forma memorável.
Muito além da gastronomia
Localizado na Rua Direita de Santo Antônio, nº 90, o Bar do Joca é mais que um restaurante: é um ponto de encontro entre gastronomia, cultura, ancestralidade e vivências únicas. Cada prato, cada ritual e cada pôr do sol tornam-se memórias afetivas, gravando Salvador no coração de quem passa por ali.

Salvador em capítulos: fé, história e paisagens inesquecíveis
Durante o tour, a capital baiana se revelou em paradas emblemáticas, onde fé, cultura e vistas de tirar o fôlego se encontraram em perfeita harmonia. Cada destino foi uma página viva da história, escrita entre devoção, batalhas e pôres do sol cinematográficos.
Igreja Nosso Senhor do Bonfim: a fé que atravessa séculos
É impossível estar em Salvador e não sentir o magnetismo da Basílica do Senhor do Bonfim, erguida na Colina Sagrada, na península de Itapagipe. Sua construção começou em 1745, com o interior concluído em 1754 e a fachada em 1772.

A devoção nasceu de uma promessa: o capitão português Theodósio Rodrigues de Faria, em meio a uma tempestade, prometeu trazer uma imagem do Senhor do Bonfim caso sobrevivesse. O voto foi cumprido, e a fé floresceu.
Hoje, a igreja é palco da Lavagem do Bonfim, quando baianas percorrem cerca de 8 km desde a Conceição da Praia, carregando água-de-cheiro para purificar as escadarias. O ritual mistura a fé católica e as tradições afro-brasileiras, transformando-se em símbolo de resistência e identidade.
Passear pelo Bonfim foi mergulhar em uma devoção viva: observar as famosas fitinhas coloridas, cada uma com três nós — e três desejos silenciosos —, e sentir a energia de uma tradição que é pura alma baiana.

Forte de Nossa Senhora de Monte Serrat: guardião da Baía
Localizado na Ponta de Humaitá, o Forte de Monte Serrat é uma joia da arquitetura militar colonial. Datado do final do século XVI, conserva muito de sua configuração original e guarda memórias de tempos turbulentos.
Antigamente chamado de Castelo de São Felipe, resistiu às invasões holandesas em 1624, sendo tomado e retomado em batalhas que marcaram a história. Hoje, abriga o Museu Naval, com armas, mapas e peças históricas, além de oferecer uma vista privilegiada da Baía de Todos-os-Santos e da Ilha de Itaparica.
Para mim, subir ao Monte Serrat foi como caminhar sobre um balcão do tempo: sentir o vento, observar a cidade abaixo e imaginar navegadores, combates e encontros que moldaram Salvador.

Farol da Barra: luz e mar em harmonia
Símbolo máximo de Salvador, o Forte de Santo Antônio da Barra abriga o icônico Farol da Barra, construído no século XVI para proteger a entrada da baía de piratas e invasores.
Com o passar dos séculos, o forte foi transformado e hoje abriga o Museu Náutico da Bahia. O farol, integrado à estrutura, é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade — especialmente ao pôr do sol, quando céu e mar se pintam em tons dourados e alaranjados, criando um espetáculo inesquecível.
Estar ali foi unir passado e presente: visualizar navios que chegam e partem, imaginar a vida marítima colonial e, ao mesmo tempo, se encantar com o recorte urbano da Salvador contemporânea que se abre diante do mar.
Salvador que pulsa história
Cada parada foi um capítulo dessa imersão: fé no Bonfim, defesa no Monte Serrat, luz e poesia na Barra. Juntas, essas experiências revelaram uma Salvador que convida o visitante a sentir cada pedra, cada mirante, cada tradição viva, uma cidade que é, ao mesmo tempo, memória e celebração.
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