Fragmentos da Amazônia: Exposição de Thalma Rodrigues mostra a fragilidade de nossa floresta

Por Mauro But

Exposição de Thalma Rodrigues mostra a fragilidade de nossa floresta

A pintora, desenhista e ilustradora Thalma de Oliveira Rodrigues, ao longo de sua vida profissional - ela graduou-se em Belas Artes pela UFMG em 1972 -, vem apresentando seus trabalhos em inúmeras galerias e salões de arte, em museus de Belo Horizonte e de outras cidades brasileiras.

Seus mais recentes trabalhos, que têm a Floresta Amazônica como tema, serão expostos na Galeria Beatriz Abi-Acl. Thalma estará recebendo convidados para a abertura no dia 17 de novembro, das 19 às 22 horas. A exposição recebe visitantes até 17 de dezembro, sendo que, de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados, das 9 ao meio-dia.

Thalma esteve na Amazônia em 2019, quando fez ampla documentação da floresta. De volta a Belo Horizonte, optou por levar para as telas a floresta fragmentada, em detalhes que mostram a sua fragilidade.

A mostra é composta por 18 óleos sobre tela e 11 aquarelas, pintados durante o período de isolamento imposto pela pandemia da Covid-19, e ficaram aguardando a reabertura das galerias para serem expostas ao público.

“Procurei pintar pequenos detalhes que mostram a fragilidade da floresta apesar de sua imensa dimensão, com a intenção de despertar a vontade de proteger esse imenso ser vivo tão importante para o nosso planeta”, destaca a artista, ressaltando que durante esse período de espera, a Amazônia, segundo dados da Imazon, sofreu o maior desmatamento em 25 anos.

Técnica apurada

O crítico de arte Olívio Tavares de Araújo esteve recentemente em Belo Horizonte com o único objetivo de ver as obras que Thalma vai apresentar nesta exposição. Segundo ele, sua admiração pela técnica da artista é a primeira qualidade a ressaltar em seus trabalhos. “Segura e precisa, Thalma se serve de seu domínio do ofício para criar um mundo suave e poético, que não convenceria nem emocionaria se fosse mal executado”, afirmou o crítico.

Olívio Tavares ressalta que a visão da artista da Amazônia, “olhada mais em detalhe que em planos gerais, não é, como na maioria, dramática, é lírica. Para dar seu recado, uma arte dessa natureza tem de ser límpida e leve, e é extraordinário como mesmo as telas a óleo conseguem obter a transparência da aquarela”. O crítico conclui que, “para ser voa, nem toda arte – mesmo a contemporânea – tem de problemática, estridente, tortura e torturante. Pode representar um contraponto feliz a tempos difíceis”.

Exposição: Fragmentos da Amazônia

Artista: Thalma

Abertura: 17 de novembro de 2022, 19 às 22 horas

Visitação: 18 de novembro a 17 de dezembro de 2022

Horário: segunda a sexta, 9 às 18 horas; sábados, 9 às 12 horas

Onde: Galeria Beatriz Abi-Acl

Rua Santa Catarina, 1155 – Lourdes – BH

Informações:

31 3291.2101 – 31 99311.1253

galeriabeatrizabiacl@gmail.com

www.galeriabeatrizabiacl.com.br