PRESA QUADRILHA QUE DAVA GOLPE EM DISTRIBUIDORAS DE ALIMENTOS

Depois de identificar uma organização criminosa suspeita de aplicar o golpe conhecido como Laranja Mecânica, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante três pessoas em Belo Horizonte, na última quarta-feira (19). De acordo com as investigações, a quadrilha atuava em todo estado e teria causado um prejuízo de, aproximadamente, R$ 500 mil. Além das prisões, foram apreendidos produtos alimentícios, entre bebidas e mercadorias diversas.
As investigações iniciaram há seis meses, quando a 2ª Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Furto e Roubo (Depatri) tomou conhecimento de que uma quadrilha especializada em crimes de estelionatos contra empresas de alimentos estaria atuando no estado. Durante as investigações, a forma como a quadrilha agia foi identificada.
Ao todo, a associação criminosa era composta por sete indivíduos, porém, o líder, de 38 anos, morreu em decorrência da Covid-19, em março deste ano, assumindo a liderança o “braço direito” dele no grupo.
O crime
Os criminosos abriam várias empresas em nome de “laranjas” e agiam de forma lícita durante um tempo. Após adquirirem um alto valor de crédito em grandes empresas de alimentos, eles faziam a aquisição dos produtos e, posteriormente, fechavam o estabelecimento sem quitar o pagamento com os fornecedores. Esse golpe é conhecido como Laranja Mecânica.
Conforme explicou o delegado responsável pelo inquérito policial Gustavo Barletta, “Esse golpe é de difícil detecção, pois a empresa é aberta de forma correta e os criminosos possuem todas as notas fiscais dos produtos. Apenas com uma investigação mais aprofundada é possível constatar que se trata de algo ilícito”.
Organização criminosa
No curso da ação policial, foram presos o atual líder do grupo, de 41 anos, assim como o homem de confiança dele, de 39, e o funcionário de uma grande empresa fornecedora do ramo de bebidas, de 40. Os outros três investigados não foram encontrados.
Diversos produtos alimentícios foram apreendidos e serão restituídos assim que as vítimas comprovarem a propriedade deles. Os três suspeitos presos em flagrante irão responder por associação criminosa e estelionato.
As investigações continuam para identificar todas as vítimas e prender os demais envolvidos.
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